segunda-feira, dezembro 15, 2008
Fantasia
Serei assim tão cega para encontrar o teu caminho
Da salvação de um espírito julgado forte
Que deambula pela noite, sozinho,
Ouvindo o teu silêncio pregando os meus pecados
De uma vida estilhaçada em pedaços.
É o medo do escuro que cresce em mim
Que um dia ganhará vida
Cada vez mais se aproxima o fim,
A minha alma foi a escolhida
E para carregar esta injusta escolha
Terei de ler a minha existência, folha a folha.
O medo inunda a minha pobre alma
Até um ponto sem retorno,
Mesmo em pânico, sinto-a calma
Onde a razão não é simples adorno
Que estrangula o meu instinto,
E é por isso que não sinto,
Finjo, mas nunca minto.
À medida que adormeço, flutuo…
Unindo-me hermeticamente com o vento
Quem eu queria mesmo conhecer eras tu
E finalmente chegou a hora, o tempo
Num espaço aberto, isolado
Onde qualquer um permanecerá enfeitiçado.
O mundo parece ter-se transformado
Embora eu saiba que nada mudou
Tudo isto é falso, meramente imaginado
Fruto da imaginação de quem sonhou
Uma realidade de verdade
A utopia da eterna felicidade.
Sonhando durante todo este tempo
No teu mundo de fantasia, sem alento
Quem consegue acordar
Para a nossa existência questionar?
A essência do sentimento,
A razão de pensar.
Poema feito no meu 12º semi-baseado na temática de Fernando Pessoa. Comecei, tal como tantas outras pessoas, a ter interesse em textos poéticos graças a este grande senhor. O meu obrigada.
Emma could not believe...
Emma could not believe what she saw in front of her.
She was standing still, alone, shivering and feeling her feet so cold that she couldn't move an inch. Somehow, everybody had vanished. She couldn't hear anything but her own breath.
Her golden hair was shining in the moonlight. She thought she'd heard some whispers... "It could be somebody..." she thought, feeling goosebumps.
That forest wasn't very cozy... what was that girl doing? Lost in the woods, when she had to be with her boyfriend, at her comfortable and warm home, celebrating his birthday...
The remaing light had slowly faded away. She fell to her knees and gazed at the moon. Her eyelids closed, she was too tired to walk out of there, maybe it was just really bad dream.
Pequena prosa elaborada para a minha aula de Inglês. A professora deu-nos a primeira frase e devíamos continuá-la numa short story.
Ela pareceu-me um pouco assustada com o meu estilo, lol. Talvez demasiado sombrio...
sábado, dezembro 13, 2008
Palavras
sábado, outubro 04, 2008
Vinte
Vinte Primaveras passaram por mim,
Como algo que nos escapa pelos dedos
A correria desta vida que terá um fim
Não há tempo para medos!
Viver um dia de cada vez é treta
Quero viver todos de uma só vez
Planeio o futuro com muito amor
Penso no passado para evitar a dor...
Continuo prendida por algo superior,
A minha vida ainda mal começou!
Enfim livre, voarei para bem longe
Deixar liberto aquilo que sou!
Quero viver,
Quero voar!
Lutar pelo meu grande sonho,
Enquanto há força para continuar!
quarta-feira, setembro 24, 2008
Voltar à vida
Deitada neste leito de descanso
Olhando a vida à minha volta, ignoro...
Viro a cara ao meu falhanço
E durmo, envergonho-me quando choro.
Porque tudo é idêntico, indistinto
Fruto da mesma gestação forçada,
Tudo é guiado pelo instinto
Ninguém se opõe à caminhada.
Eu sou assim, díspar, distinta, diferente,
Única, valiosa, preciosa, carinhosa para alguém
Anormal, antagónica, adversa para demasiada gente
Mas não mudarei por isso, simplesmente.
Árvore da vida que és bela e imponente
Tens ramos secos, árvore amorosa
Cortarei o mal pela tua raiz rancorosa
Cairás por terra, docemente...
Plantarei uma nova semente e crescerás
Aproveitei o teu melhor, esqueci o pior
Iniciarei uma nova era de felicidade
E florirás transpirando vivacidade!
Colherei os teus melhores frutos,
Saciarás a minha fome de liberdade
As tuas sementes depressa cairão
Para iniciar uma nova geração!
Orgulhar-me-ei de tal feito
Olhando para trás sem receio
Naquilo por qual sempre lutei
Tornar-me numa rainha...
Ao lado do seu rei!
domingo, maio 04, 2008
Para Ti, Mãe!
Podcast aqui
(o que é um podcast?)
Sei que desprezas versos sofristas,
Palavras carregadas de ódio e rancor
Sentimentos puídos de uma mente fatalista
Que por poucos, ainda sente amor.
Sei que pensas que ignoro tudo,
Que perdi a capacidade de amar
Mas ela laje neste coração mudo
Sempre pronta, para se entregar!
Odeio quem me pisa ainda mais,
Esperando pacientemente pelo amolecimento
Até tudo parecer perfeito demais
E nessa altura, começa o tormento.
Estou cansada deste sobe e desce
A mente humana não foi criada assim!
Escolho a dedo quem realmente merece,
E aí, terás tudo o que quiseres de mim!
Não sabes aquilo que sou, o que criaste
Dorida bomba-relógio descrescendo até ao final
Que acelera muito mais se me acertaste
E explodirá um dia, para uma vida normal!
Sempre desprezarei quem me espezinhar, quem me espezinhou
Sou uma alma ferida, eu sei
No entanto, quem me acarinhou , quando precisei
Terá aquilo que verdadeiramente sou
E isso, eu nunca esquecerei!
segunda-feira, abril 21, 2008
O que é um podcast?
Podcasting é uma forma de publicação de programas de áudio, vídeo e/ou fotos pela Internet que permite aos utilizadores acompanhar a sua actualização. A palavra "podcasting" é uma junção de iPod - um aparelho que toca arquivos digitais em MP3/MP4 - e broadcasting (transmissão de rádio ou TV).
Assim, podcast são arquivos de áudio que podem ser acedidos pela Internet.
Estes ficheiros de audio podem ser actualizados automaticamente mediante uma espécie de assinatura (feed RSS). Os arquivos podem ser ouvidos directamente no browser ou baixados no computador.
Como posso subscrever automaticamente aos podcasts?
Utilizando um leitor de áudio compatível (todos são grátis):
Windows: Winamp, iTunes, MediaMonkey, Juice
Linux: Amarok, Juice
Mac: iTunes, Juice
Existem muitos mais, postem nos comentários mais sugestões.
Em cada um destes leitores, basta aceder à opção podcast e adicionar o feed deste blog:
http://feeds.feedburner.com/pensamentos-sincronizados
E pronto, terão sempre as novidades mais fresquinhas!
quarta-feira, abril 16, 2008
Dessincronização
Podcast aqui
(o que é um podcast?)
Estou realmente cansada, cansada de espírito.
As horas de sono não abundam, mas infelizmente o dia tem apenas 24h...
Estudar é preciso, mas a necessidade é outra.
A de expressar pensamentos dessincronizados, baralhados num emaranhado de ideias confusas e desorganizadas.
Talvez a melhor solução seja o descanso... o corpo pede, a mente concorda, mas a consciência reclama.
Sabem que mais?
Cama!
No Comboio
Aquele ritual monocórdico, embora fugaz
Sempre a mesma voz anunciando a partida,
Deixam as famílias para trás
Para ganhar o pão, lutar pela vida!
Olhares que se cruzam e se tentam evitar
Música altíssima, dormita-se ou lê-se o jornal
Cada solitário ocupado no seu lugar
Reprimindo emoções que teimam expressar.
Havia um grupo de amigos na carruagem
Que conversava alegremente sobre a vida,
Os demais desejando que se calassem
Preferem o silêncio durante a corrida.
Este individualismo que assola a sociedade
E a solidão que repele ao invés de atrair
Condenam cada um à tristeza e saudade
Quando vemos alguém querido partir!
Poema escrito na viagem Azambuja -> Oriente
quarta-feira, março 12, 2008
Hás-de...
Continuares a,
Julgares que,
Magoas-me
Hás-de,
Terás que,
Sofrer.
Hás-de sofrer...
Um dia precisarás de mim,
Limitar-me-ei a esquecer
Que um dia te conheci
É frio, eu sei
Reflecte bem a tua vida
Nos maus momentos que passei
E que ainda assim,
continuei esquecida.
Tenho prazer em omitir a minha felicidade
Perante ti, não a mereces conhecer
Para ti não sou nada, apenas saco de pancada
Esmurra-o quanto te apetecer.
Sinto-me suja e pestilenta
Imundada pela minha falsidade
Dependente da caridade fraudulenta
E do passado sujo que me atormenta
O sonho julgado realidade.
Só quero voar pela minha janela apertada
Fugindo de quem me persegue continuamente
Ver a minha casa ao longe, condenada
Bem-vindo à Loucura, és meu paciente.
Quando estiver bem longe, em segurança
Suplicarás que volte a perdoar
Não terás pingo de misericórdia minha
Esquece que um dia te tentei amar.
Mood: Rancorosa
Ouvindo:
sábado, janeiro 26, 2008
Akherousia
[Lyrics by Anders Jacobsson of Draconian , 16/05/2003]
My light slowly fades away
My hope's gone and went astray
But I see their dark dream-sails...
Take me away... from here!
In the cold of winter I found the other half of me.
An amethyst broke through the walls of silent solitude.
But we are lost in a world of despair,
So we head for the ocean; a destination unknown...
Maybe they want me to come on board
Maybe I'm cursed here to stay...
But maybe they want me to come on board
Maybe they'll gather all the lost souls...
Maybe they've heard our mournful cries...
And maybe they want us to come on board.
Quantas vezes sentimos a nossa luz atenuada... a esperança que alimenta o filamento da vida parece ter-se esbatido...
Olhamos para o lado, continuamos a ver pessoas "felizes", por mais obscuras que sejam as suas intenções, por mais que se aproveitem de quem é verdadeiro e honesto. São esses que sobrevivem hoje em dia!
E acabamos por nos envolver nesta onda de corrupção e hipocrisia.
Leva-me daqui. Quero ser alguém, não quero ficar sozinha!
Se estamos perdidos num mundo esgotado de esperança, vamo-nos dirigir para o oceano, para o desconhecido!
Talvez eles queiram que embarquemos nessa viagem. Ou estaremos condenados a ficar no mesmo sítio?
Talvez tenham ouvido as nossas preces e acolham as nossa almas perdidas...
Vamos embarcar nesta corrupção.
Seremos felizes?
quinta-feira, janeiro 17, 2008
Witnesses
No change no pleasure no jokes no sex
No choice no morals no ethics no depth
No colour no fight no freedom no life
Profound creation, temptation is swept
I hear knocking on my door
I wonder how it's possible
That I just sit here in my room
Watching some TV
Thinking of nothing and nothing
And I don't know how
Does anybody have the nerve
To come to my door
And sell the world of God
I wonder what's the remedy
And I can move on with my life
Before you people are through
With the extinction of the universe
You save the world from me
I wonder who will be left over...
Testemunhas. Meros espectadores deste circo.
Sem rir ou chorar, sem escolher ou ser escolhido, viver ou morrer?
Lutar?... e desistes.
Que diferença faço? Não valho nada...
Biliões vivem descansados no quentinho das suas habitações, sem a mínima consciência daquilo que enfrentamos e do pior que enfrentaremos... Não dão graças aos seus supostos deuses pelos momentos bons que passaram... o Homem é por natureza, insatisfeito e ambicioso.
Personalidade que faz o mundo avançar e evoluir, e defeito que tanto trava essa evolução.
Por uns pagam os outros!
Sempre assim será. Apenas um espermatozóide vence, não é?
Todos os seres vivos lutam pela sobrevivência, e só há evolução quando se ultrapassam as dificuldades. Chama-se a selecção natural, o aperfeiçoamento da espécie...
O problema, é levar ao extremo esta ideia.
Não somos animais irracionais, como tal sentimos pena e sentimento de ajuda.
Uns mais que outros, é certo, mas é isto que nos distingue. A capacidade de nos predispormos a ajudar o próximo... não são tretas da Bíblia, são sentimentos humanos.
Quando isso acontecer, já cá não estarei!
Estarão as nossas descendências! Sofrerão as acções estúpidas e impensadas dos seus antepassados, parece justo? Que é feito do amor pelo próximo? Pelos nossos filhos?
Parem de ser egoístas. Ajam no vosso mundo... um pouco mais de amor próprio!
Make a change - não é um estúpido pregão em inglês.
É tudo o que tens de ser!
quinta-feira, janeiro 03, 2008
Death Is Our Freedom
(Music: A. Pace, F. Sosto / Lyrics: F. Sosto)
The weakness of times
We’ll pay for it.
Distrust of the next
And fear for death.
The poor and the mighty live in the same place that we shared.
The good and the evil
The destroyed
The destroyer
Death is our freedom
Makes us equal men,
Regardless of our place and birth,
Regardless of our plans and deals,
She’ll never break her promises.
She decides for us
When the wretches stand
In the wreckage.
She makes us more miserable.
There’s no compromise
To escape our lies
They’re running to nowhere.
We had a feeling, a shelter, and some air to breathe.
And exposed to distant clouds, we never saw sunset and dawn.
Death is our freedom
Makes us equal men,
Regardless of our place and birth,
Regardless of our plans and deals,
She’ll never break her promises.
Slow decay and rest
As we’re running fast,
And the mighty ones are nothing but the last ones.
There’s no compromise
To escape our lies
They’re running to nowhere.
Death is our freedom
Death is our freedom…
Ora aqui está uma das, ou talvez a maior verdade inquestionável do fenómeno da vida/morte.
Uns têm mais medo dela, evitam-na, benzem-se perante a sua pronúncia ou acham-na "coisa do Diabo".
Existem ainda outros que a abraçam, se preparam constantemente para ela, conseguem ver nela a beleza que outros não vêem...
Não há distinções entre pobres e ricos, valentes e cobardes, belos ou feios, amigo ou inimigo... a todos ela nos leva.
Não interessa a nossa origem, objectivos de vida, por mais nobres que sejam, ela nunca quebrará a sua promessa.
Quanto mais se corre, mais lentamente nos leva... é o descanso final.
É a Mãe-Natureza que decide por nós!
Download do álbum disponível em: http://blondiesharing.blogspot.com/2008/01/foreshadowing-days-of-nothing-2007.html