quinta-feira, novembro 28, 2013

Morrer



Quando clamo que morrer é renascer
Não é uma simples frase feita
Seja natural ou maleita
É fazer a cama onde te deitas

Esquecem-se os problemas dos vivos
Abraçando-se os mortos na calmaria 
Deixas para trás o frívolos
Que outrora seguiam a correria

Agora já não há pressa
O tempo deixou de existir
É agora um relógio avariado
Que não avisa quando partir

Vai, passa para o "outro lado"!
Aqui já não resolves nada...
Aceita aquilo pelo qual lutaste
E não chores o que nâo choraste

Observas de longe os teus entes
Percebes agora a sua vida
Mas já não importa aquilo que sentes
Não passas de uma alma perdida
Vagueando nesse desconhecido assustador
Em que não sentes nada, nem mesmo a dor.

Vai!

Agora.

quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Constância


Sinto apatia pela utopia que promete uma mudança que não vejo
Um adorno de promessas embelezadas por um beijo
Que me deixa assim, sem jeito, sem reacção
Apertando firmemente este pobre coração

É uma maleita perfeita que me mantém presa
Encalusurada pela minha própria ânsia
Tenho medo, pavor da certeza
Deverei quebrar esta constância?

Vivo num conflito interno de impulsos irracionais
Como qualquer ser, almejo felicidade
Quero liberdade!
Mas sou fria e justa, devo isso à minha alma
Quero mais!

Alma que apenas complica o descomplicado
Emanharanhando valores num grande conglomerado
Impede-me de dar um passo em frente e dizer
Chega de prisão, quero viver!

A ouvir: Borknagar - The Plains of Memories

quarta-feira, maio 09, 2012

Podcast: Misantropia




Podcast aqui - Misantropia
(o que é um podcast?)


Música base: Dimmu Borgir - Inn I Evighetens Mørke (Part 1)

Espero que gostem.

terça-feira, maio 08, 2012

Misantropia



Podcast aqui - Misantropia
(o que é um podcast?)


Sinto aversão à humanidade e desconfio a caridade
Para quê criar laços de amizade que só provocam saudade?

Ferem por dentro, o centro da minha ingenuidade já pequena
Qual a utilidade desta intimidade quase obscena?

É preferível viver isolada, afastada do mundo
Lamentando cada segundo perdido com as palavras
Arremessadas como pedradas a este meu corpo moribundo

Não sou antipática mas sim apática
Numa expressão quase fanática pela letargia emocional

A minha mente lunática oscila num turbilhão de cálculos
Que prevêem aquilo que os outros não vêem
Antecipando o único final possível: o fim desta vida desprezível!

Ouvindo: Dimmu Borgir - Inn I Evighetens Mørke



PS: A palavra "misantropia" veio-me à cabeça durante esta noite. Decidi colocar-me na pele de um verdadeiro misantropo e expressar em palavras aquilo que sentia. Foi este o resultado.

domingo, maio 29, 2011

Nova vida


Acaba a académica e começa a laboral,
Essa vida vivida sempre a correr
Provoca o desencontro quase faltal
Com quem te ama e não te quer perder.

É um novo rumo, uma nova direcção
Que te elevará perante um mundo
Imerso pela inveja e competição
Onde mostrarás a tua alma,
Fruto da tua quase irritante calma.

Serve este poema te congratular
Por todas as vitórias,
Estarei a teu lado para relembrar
Os teus feitos, as nossas memórias!

sexta-feira, setembro 18, 2009

quinta-feira, setembro 10, 2009

Mágoa cardíaca




Podcast aqui - Mágoa Cardíaca
(o que é um podcast?)

A distância que separa quem se ama
Quadriplica ao mais leve sintoma de solidão
Partilhar os problemas sentados na cama
É muito mais que uma agradável solução.

Mas quando nada disto é possível
Por este ou aquele motivo concebível,
Há que dar a volta por cima e escolher
Outra forma de partilhar, de viver!

A poesia pelo seu efeito moderador de mente
É que pondera acerca do que foi feito
Dissecam-se as mágoas de forma ardente
Deixando-me paralisada sobre este leito.

Deitada lacrimejando com a luz do tecto
Vejo a imagem de quem partiu deste mundo
Desejando ardentemente o seu carinho e afecto
Um consolo agonizante enquanto me afundo...

Nessa dor que não magoa mas corrói o interior
Onde as minhas entranhas foram perfuradas
E sem qualquer cuidado ou pudor,
Sinto o meu corpo remexido sem amor.

Não se brinca com um órgão tão precioso!
Este salta de boca em boca, mão em mão
Sinónimo de vitalidade, tão amoroso...
Esconde a verdade, este meu coração!