quarta-feira, setembro 24, 2008

Voltar à vida


Deitada neste leito de descanso
Olhando a vida à minha volta, ignoro...
Viro a cara ao meu falhanço
E durmo, envergonho-me quando choro.

Porque tudo é idêntico, indistinto
Fruto da mesma gestação forçada,
Tudo é guiado pelo instinto
Ninguém se opõe à caminhada.

Eu sou assim, díspar, distinta, diferente,
Única, valiosa, preciosa, carinhosa para alguém
Anormal, antagónica, adversa para demasiada gente
Mas não mudarei por isso, simplesmente.

Árvore da vida que és bela e imponente
Tens ramos secos, árvore amorosa
Cortarei o mal pela tua raiz rancorosa
Cairás por terra, docemente...

Plantarei uma nova semente e crescerás
Aproveitei o teu melhor, esqueci o pior
Iniciarei uma nova era de felicidade
E florirás transpirando vivacidade!

Colherei os teus melhores frutos,
Saciarás a minha fome de liberdade
As tuas sementes depressa cairão
Para iniciar uma nova geração!

Orgulhar-me-ei de tal feito
Olhando para trás sem receio
Naquilo por qual sempre lutei
Tornar-me numa rainha...
Ao lado do seu rei!